abril 17, 2009

Divagações na Lua Minguante

Penso em muitas coisas para blogar, mas acabo sentando aqui na cama e mais lendo do que escrevendo. Mas, enfim, ando bastante feliz desde que percebi as coisas e pessoas que me fazem sentir bem e/ou melhor.

Então, minha sugestão hoje é que, se o tempo na sua cidade está bom, sente-se em um gramado debaixo do céu azul, ou relaxe sob o céu noturno e fite as estrelas. Como aqui só chove, eu vou apenas ficar em casa com as pernas esticadas para cima e uma xícara de chá nas mãos. Aí depois você vem ler (e comentar, por favor) o resto desta postagem.

Percebi que é bastante difícil tentar mostrar às pessoas que nunca sentiram os dois lados das deidades como o fato de ter contato íntimo com Eles é tão doloroso e incrível ao mesmo tempo, como isso é cheio de horror e prazer. Mas só quem já teve (por exemplo) um bebê nos braços pode entender o sentimento que isso causa, e às vezes mesmo quem já teve deixa a sensação passar despercebida. O que não dá é saber como a gente se sente sem nunca experimentar a situação. Tem certas coisas que simplesmente não dá para imaginar.

Posso estar me repetindo aqui, mas a verdade é que há altos e baixos em servir os deuses. E quando falo em entender o que significa, não digo racionalmente, mas com o coração e a alma. Espero que não me interpretem como se eu estivesse excluindo desta conversa as pessoas que não sabem do que estou falando, afinal, acho que só estou pensando em 'voz' alta...

Porque, tipo, eu posso citar as coisas que tive que sacrificar na minha vida na intenção de melhor prestar homenagem a Eles, posso falar do que recebi em troca disso e como é maravilhoso ter essa conexão, mas não posso transferir para ninguém a sensação que isso causa, esse afundar no abismo do oceano e ser arrebatada às esferas do céu. Mas vai ver é melhor assim, talvez seja melhor que eu não possa fazer você sentir isso sem estar na mesma situação.

Sabem quais os melhores presentes dEles? Aqueles que a gente não espera, que nos pega desprevenidos, mas que só de olhar a gente já sabe de qual dEles veio, e que ~ se tivéssemos sabido da existência daquilo antes ~ já teríamos ardentemente desejado consegui-lo e declará-lo nosso. É como se coisas adormecidas aflorassem, os sentidos se intensificassem, novos olhos se abrissem, e quiséssemos que mais gente entendesse como isso é bom e (no fundo) simples.

Simples principalmente porque, depois de tanta sacudida, a calmaria vem de uma forma que não é vazia, mas plena. Sentimo-nos repletos (mas não excessivamente 'cheios') por dentro do que há do lado de fora, e caminhamos no mundo como se ele fosse uma extensão de nós mesmos, ou nós dele. O curioso é que, mesmo preenchidos, ficamos mais leves. E conter tudo isso nos deixa muito contentes.

Em parte, é como dizia o gênio: "Viver é como andar de bicicleta: é preciso estar em constante movimento para manter o equilíbrio." (Albert Einstein)

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