novembro 22, 2009

Hermes Noumios/Oeopolus/Kriophoros (o bom pastor)

Minha versão do Salmo 23, feita de última hora depois de ver o mesmo postado em um blog :

Hermes é teu pastor, nada te faltará.
Se precisar, roubará para ti o rebanho de Apolo e se deitará em verdes pastos, tocando mansamente a lira de um casco de tartaruga.
Condutor de almas, ele as guia pelos campos de asfódelos e pelas planícies serenas do Hades.
Mas nada hás de temer, pois é também dele a transformação da alquimia e a abertura de estradas, o deus da travessia e das travessuras.
Seu caduceu e o adejar de suas asas nos confortam.
Levará rapidamente tua mensagem aos deuses e trará deles, na mesma velocidade, as bênçãos que cobrirão de movimento os teus dias.
Por todos os aeons, por todas as eras.
Ésto. Ghénoito. (Assim seja.)

~ Álex, 22/11/2009 ~

novembro 14, 2009

Encomenda

Ontem a Lu Polisel me pediu para escrever um texto com o tema Despedida, para ela ler em um sarau nesta próxima semana e dizer "com muito orgulho" que o texto é da sua amiga Álex "que mora em uma ilha lindíssima", hehehe! Eu fiz o texto a seguir e ela disse que poderia postar onde quisesse. ^^ Fica aqui então para vocês:
Enquanto estive aqui, meu coração transmutou. E agora preciso levá-lo a outro lugar, onde possa contagiar alquimicamente corações semelhantes.

Não se aflijam quando eu atravessar as ondas do azul. Ele é tão profundo quanto o amor que lhes tenho, tão misterioso quanto o elo invisível que nos une, tão vasto quanto os caminhos pelos quais o destino nos leva. Espero que o mar, que tudo acolhe, torne igualmente receptivo o meu novo lar.

Eu sigo a direção do sol, como Órion amou a Éos, a aurora. E, quando cai o véu da neblina, seguirei da mesma forma que olhar de Selene acompanhava Endímion.

Onde eu estiver, lembrarei de todos ao ver o fogo de Héstia e as crianças de Ártemis, pois sei que compartilharemos os mesmos pensamentos nos deuses.

Quanto a vós, se me amam, mantenham minhas plantas vivas e cuidem de si. Que nenhuma lâmina os atinja, e que nenhuma praga as invada. Que a doença se aparte de todos. Que, tanto nesses belos corpos quanto naquelas belas folhas, não haja excesso nem falta de sol, nem de água, nem de vento, nem de sombra.

Que, ainda longe, eu seja permeada pela lembrança da sensação que guardo de nossos abraços, do cheiro das flores, e de como costumáveis cerrar lentamente os olhos, como se fossem pálpebras flutuantes emoldurando esse espelho brilhante da alma.

Despeço-me, amados; despeço-me, amigos; despeço-me agora de meus espíritos irmãos. Que a caminhada seja segura, que a viagem seja prazerosa, que a ausência seja breve, que a distância seja um detalhe, que o carinho seja eterno, e que o reencontro se dê a cada noite: quando fecharmos os olhos e passearmos nos sonhos.

E caso a saudade for grande a ponto de transbordar em pranto, considerai as lágrimas como parte do oceano que me leva, constituídas do mesmo elemento, materializando um pouco de mim no lugar onde estais, tornando real minha presença. Farei o mesmo convosco.

O mar não nos afastou, é seu sal que nos une. E cada orvalho do dia que amanhece é uma promessa de travessia e de retorno.

( Alexandra, 13/11/2009 )


novembro 03, 2009

Marca-páginas


Passando só para avisar que as abas ali acima foram atualizadas, caso queiram ler mais coisas minhas além do Sofá. Há contribuições no blog de cartas, há postagens no Wordpress das amazonas e no de traduções, diversas coisas no fórum de helenismo, artigos no site Tribos, além de Twitter (microblog), Multiply (restrito para a rede) e LiveJournal (em inglês).