Enquanto estive aqui, meu coração transmutou. E agora preciso levá-lo a outro lugar, onde possa contagiar alquimicamente corações semelhantes.
Não se aflijam quando eu atravessar as ondas do azul. Ele é tão profundo quanto o amor que lhes tenho, tão misterioso quanto o elo invisível que nos une, tão vasto quanto os caminhos pelos quais o destino nos leva. Espero que o mar, que tudo acolhe, torne igualmente receptivo o meu novo lar.
Eu sigo a direção do sol, como Órion amou a Éos, a aurora. E, quando cai o véu da neblina, seguirei da mesma forma que olhar de Selene acompanhava Endímion.
Onde eu estiver, lembrarei de todos ao ver o fogo de Héstia e as crianças de Ártemis, pois sei que compartilharemos os mesmos pensamentos nos deuses.
Quanto a vós, se me amam, mantenham minhas plantas vivas e cuidem de si. Que nenhuma lâmina os atinja, e que nenhuma praga as invada. Que a doença se aparte de todos. Que, tanto nesses belos corpos quanto naquelas belas folhas, não haja excesso nem falta de sol, nem de água, nem de vento, nem de sombra.
Que, ainda longe, eu seja permeada pela lembrança da sensação que guardo de nossos abraços, do cheiro das flores, e de como costumáveis cerrar lentamente os olhos, como se fossem pálpebras flutuantes emoldurando esse espelho brilhante da alma.
Despeço-me, amados; despeço-me, amigos; despeço-me agora de meus espíritos irmãos. Que a caminhada seja segura, que a viagem seja prazerosa, que a ausência seja breve, que a distância seja um detalhe, que o carinho seja eterno, e que o reencontro se dê a cada noite: quando fecharmos os olhos e passearmos nos sonhos.
E caso a saudade for grande a ponto de transbordar em pranto, considerai as lágrimas como parte do oceano que me leva, constituídas do mesmo elemento, materializando um pouco de mim no lugar onde estais, tornando real minha presença. Farei o mesmo convosco.
O mar não nos afastou, é seu sal que nos une. E cada orvalho do dia que amanhece é uma promessa de travessia e de retorno.
( Alexandra, 13/11/2009 )
Não se aflijam quando eu atravessar as ondas do azul. Ele é tão profundo quanto o amor que lhes tenho, tão misterioso quanto o elo invisível que nos une, tão vasto quanto os caminhos pelos quais o destino nos leva. Espero que o mar, que tudo acolhe, torne igualmente receptivo o meu novo lar.
Eu sigo a direção do sol, como Órion amou a Éos, a aurora. E, quando cai o véu da neblina, seguirei da mesma forma que olhar de Selene acompanhava Endímion.
Onde eu estiver, lembrarei de todos ao ver o fogo de Héstia e as crianças de Ártemis, pois sei que compartilharemos os mesmos pensamentos nos deuses.
Quanto a vós, se me amam, mantenham minhas plantas vivas e cuidem de si. Que nenhuma lâmina os atinja, e que nenhuma praga as invada. Que a doença se aparte de todos. Que, tanto nesses belos corpos quanto naquelas belas folhas, não haja excesso nem falta de sol, nem de água, nem de vento, nem de sombra.
Que, ainda longe, eu seja permeada pela lembrança da sensação que guardo de nossos abraços, do cheiro das flores, e de como costumáveis cerrar lentamente os olhos, como se fossem pálpebras flutuantes emoldurando esse espelho brilhante da alma.
Despeço-me, amados; despeço-me, amigos; despeço-me agora de meus espíritos irmãos. Que a caminhada seja segura, que a viagem seja prazerosa, que a ausência seja breve, que a distância seja um detalhe, que o carinho seja eterno, e que o reencontro se dê a cada noite: quando fecharmos os olhos e passearmos nos sonhos.
E caso a saudade for grande a ponto de transbordar em pranto, considerai as lágrimas como parte do oceano que me leva, constituídas do mesmo elemento, materializando um pouco de mim no lugar onde estais, tornando real minha presença. Farei o mesmo convosco.
O mar não nos afastou, é seu sal que nos une. E cada orvalho do dia que amanhece é uma promessa de travessia e de retorno.
( Alexandra, 13/11/2009 )
Olá Espartana!Bom dia!
ResponderExcluirDespedida - Pura poesia!
O mar não nos afastou, é o seu sal que nos une.
É a Unidade na multiplicidade! Somos Todos UM!
Sds...
Miguel Angelo.
Sem comentários amiga. PER-FEI-TO.
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