julho 20, 2010

elefante, o elevante

Este texto não vai ter um começo decente nem um propósito muito específico. É simplesmente resultado de eu ter um elefantinho de pelúcia e gostar de Ganesha, o que me deu vontade de falar da simbologia do elefante como imagem de sabedoria.

Mesmo sendo grande, o elefante toma cuidado para não pisar na trilha das formigas. (As pessoas verdadeiramente grandes não pisam nas pequenas.)

Os olhos do elefante são pequenos e as orelhas são enormes. (As pessoas não deveriam ligar para o que vêem - a aparência ilusória - no mundo externo, mas compreender o que ouvem e saber ouvir.)

O elefante caminha pausadamente, mas, quando a manada chama, ele sai correndo e arrasando tudo pelo caminho. (Quando a voz da unidade com o universo nos convoca, não deve existir nada no mundo material que sirva de obstáculo para deter nossa corrida.)

Sua tromba demonstra a alta sensibilidade - e sensitividade - a cheiros/estímulos, abrindo-se a energias e mundos que, de outra forma, seriam inacessíveis. (Aliás, já escrevi neste blog sobre as propriedades do nariz como o lugar que interage o interior com o exterior, veja a postagem clicando AQUI.)

Geometricamente, o elefante é uma esfera sobre quatro pilares, que dizem ser similar à estrutura do cosmos. Além disso, suas orelhas são meio triangulares e sua tromba é um arco como a lua crescente.

A palavra "elefante" vem, claro, do grego (rsrsrs) ἐλέφας, que significa marfim.

Na Índia, existe Hastinapura - cidade (pura) dos elefantes (hastin) - que é chamada também de cidade da sabedoria. É ela que é disputada pelos exércitos dos Kuravas e Pandavas no Bhagavad Gita.

O elefante também era montaria de reis.

A ioga associa o elefante ao chakra muladhara, de elemento terra, a base, a raiz, o centro.

Quando eu era pequena, adorava a música do passo do elefantinho: "Quando ele nasce já é forte, mesmo grande é tão engraçadinho; é bom, traz sorte! Trate com carinho tudo aquilo! O fiozinho do seu cabelo é bastante para conduzi-lo. Veja como ele é bonitinho! Olha o pêlo dele como brilha! Lá vai, na trilha. Olha o passo do elefantinho! No circo em festa ou na floresta, ele é sempre o bicho mais bonzinho." E agora achei a musiquinha. Quem quiser ouvir, tem ela clicando AQUI.

Um elefante pode incomodar muita gente, como diz outra canção, mas a mim não. Sem contar que é infinito o número de elefantes que "se penduraram numa teia de aranha" e viram "que a teia resistiu" (outra musiquinha).

E é uma pena que um símbolo que ensina tanto seja considerado um xingamento no ocidente...

2 comentários:

  1. Elefantes são tudo de bom. Acho eles lindos.

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  2. Eu adorei este teu post. Não sabia que o elefante esquece da parte material e atropela tudo quando é chamado digamos assim cósmicamente. Olha com certeza sou eu dito e feito, porque quando eu enfio na cabeça que uma coisa tem que ser de uma forma, eu saiio atropelando tudo. Mas nem questiono já vou avisando sai da frente que está passando mulher poderoso, ativa e de atitude nem venha dizer que estou errada que vai sobrar.

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