Às vezes me perguntam onde eu encontro os objetos helênicos que tenho, ou como eu consegui 'adivinhar' (colocar em palavras) o que as pessoas andavam precisando ler/ouvir. Mesmo que sejamos instrumentos dos deuses, a gente tem que saber se colocar como tal. Precisamos mudar de cenário.
E, em se tratando de adivinhação, um dos métodos mais antigos é o de perscrutar, descobrir por observação, pela concentração, pela fixação do olhar em algo, como um cristal, uma chama, um espelho, uma pedra, qualquer coisa, libertando a consciência e acessando o mundo de lá. Em inglês o termo é "scrying", um ver claro, um escaneamento através de alguma coisa.
Então, tudo o que a gente realmente precisa é dos cinco sentidos funcionando. Ver, ouvir, cheirar, provar, tocar, são coisas que podemos fazer em qualquer lugar, sem precisar de acessórios como bola de cristal ou baralhos. Einstein dizia que não podemos solucionar os problemas se usarmos o mesmo tipo de pensamento que usamos ao criá-los. Não há como obtermos respostas sem 'trocarmos de estação'.
Por isso é que, se você quer resolver suas dúvidas e encontrar suas ferramentas, você precisa mudar de enquadramento e referência. Ontem eu estava procurando na internet um conjunto de símbolos que eu pudesse usar comigo, e nada me chamou a atenção. Então eu deixei pra lá e fui passear no shopping. Comprei uns DVDs e fui olhar uns anéis, porque o meu preferido (que sumiu por um ano e reapareceu) já sumiu novamente. E eis que, no meio dos anéis, encontro um pingente com motivos gregos e vários símbolos que significam diversas coisas para mim.
Os deuses estão em toda a parte. Se você quer ver coisas diferentes, vá dar uma caminhada. Mude seu pensamento de canal. A maioria das minhas estatuetas eu encontrei em feiras de artesanato quando fui comprar bijuteria ou lojas de decoração quando fui comprar uma vela colorida ou lojas de produtos light quando fui comprar cevada e incenso. Você esbarra com a imagem mais perfeita e não tem como não levar.
Eles - e os daimones que Os acompanham - estão ali, para serem vistos, ouvidos, cheirados, sentidos, acariciados, abraçados... ao vivo e há milênios. Estão enviando mensagens numa borboleta que cruza o seu caminho, em um peixinho que tremeluz aos raios de sol no laguinho da praça, em um galho retorcido de árvore que forma a figura de um sátiro, no padrão geométrico da calçada que lembra um motivo cretense. As respostas estão também nesses lugares. É só saber voltar o nosso olhar para onde iremos descobri-las.
Acredito que, mesmo quem mora em uma metrópole ainda tem como passar por árvores e corpos d'água e outros lugares onde podemos perscrutar. No começo, caminhe com vivacidade, deixando seu coração acelerar, respirando fundo e fazendo o oxigênio fluir ao cérebro. Mantenha-se atento/a, procure por formas aleatórias que possam fazer sentido. Se encontrar, pare e medite. Não ligue se vão lhe olhar e pensar no que você está fazendo parado ali. Quando voltar para casa, aproveite a caminhada para pensar no que viu, conclua sua 'adivinhação'/consulta, e renove sua confiança no conhecimento que lhe foi concedido.
Por vezes ajuda se você pensar em 'naipes' ou 'elementos', como no tarô. Por exemplo, se você está querendo uma resposta sobre coisas intelectuais (como seus estudos), que é um lado mais de 'espadas', do 'ar', você pode procurar as respostas nas formas das nuvens ou na fumaça do incenso. Se quer saber do financeiro, da 'terra', observe árvores, pedras, marcas no solo. Se a questão é sentimental, "leia" o movimento da água. Mas não fique preso/a ao elemento, a resposta pode vir de outro, talvez porque você precise resolver esse outro aspecto para chegar ao que você imagina ser o que está confuso. Normalmente a imagem salta na sua frente e o reconhecimento é imediato.
Se possível, tire uma foto ou faça um desenho do que viu. Guarde-o em seu diário. É legal olhar para trás e ver como os deuses vão nos orientando tão sabiamente. Muitas das coisas que vemos só vão revelar seu completo sentido mais tarde.
Pense na resposta como uma gentileza dos daimones e deidades daquela área específica. E retribua a gentileza deixando uma oferta em agradecimento para a ninfa da referida árvore, ainda que seja uma prece de coração ou a promessa de levar algo depois (lembre-se de cumpri-la). Os espíritos e deuses ficarão mais propensos a repetir o auxílio em lembrança à amizade que vocês desenvolveram e cultivaram.
Com o tempo, também você vai ficando mais 'desperto'. Confesso que vejo coisas novas até nos imutáveis padrões marmorizados dos azulejos do meu banheiro. A gente passa a reparar nos desvios de um gramado, nas rachaduras do granito, no canto trinado de um pássaro, no aroma repentino de um barro de cerâmica, na sensação de areia roçando nossos pés que estão bem longe da praia. Sim, porque não precisamos apenas ver coisas, podemos receber respostas através de todos os outros sentidos. Incluindo do sexto. E dos sonhos, que também é outra mudança de realidade(s).
Mantenha igualmente o bom senso. Cada vez vai ficando mais fácil saber se algo era mesmo um 'sinal' ou pura imaginação da sua cabeça. Mas não se torture demais em dúvidas - em último caso, lembre que também foram os deuses quem lhe infundiram imaginação em sua essência. Se o seu modo de ser inclui uma mente imaginativa, use isso da melhor forma que puder. No mais, confie no que recebeu e espere ter a compreensão correta de tal revelação. Como tudo na vida, a comunicação com Eles também se desenvolve através da prática e de muito treino. O que não pode é parar de se abrir e desistir antes de tentar.
E, em se tratando de adivinhação, um dos métodos mais antigos é o de perscrutar, descobrir por observação, pela concentração, pela fixação do olhar em algo, como um cristal, uma chama, um espelho, uma pedra, qualquer coisa, libertando a consciência e acessando o mundo de lá. Em inglês o termo é "scrying", um ver claro, um escaneamento através de alguma coisa.
Então, tudo o que a gente realmente precisa é dos cinco sentidos funcionando. Ver, ouvir, cheirar, provar, tocar, são coisas que podemos fazer em qualquer lugar, sem precisar de acessórios como bola de cristal ou baralhos. Einstein dizia que não podemos solucionar os problemas se usarmos o mesmo tipo de pensamento que usamos ao criá-los. Não há como obtermos respostas sem 'trocarmos de estação'.
Por isso é que, se você quer resolver suas dúvidas e encontrar suas ferramentas, você precisa mudar de enquadramento e referência. Ontem eu estava procurando na internet um conjunto de símbolos que eu pudesse usar comigo, e nada me chamou a atenção. Então eu deixei pra lá e fui passear no shopping. Comprei uns DVDs e fui olhar uns anéis, porque o meu preferido (que sumiu por um ano e reapareceu) já sumiu novamente. E eis que, no meio dos anéis, encontro um pingente com motivos gregos e vários símbolos que significam diversas coisas para mim.
Os deuses estão em toda a parte. Se você quer ver coisas diferentes, vá dar uma caminhada. Mude seu pensamento de canal. A maioria das minhas estatuetas eu encontrei em feiras de artesanato quando fui comprar bijuteria ou lojas de decoração quando fui comprar uma vela colorida ou lojas de produtos light quando fui comprar cevada e incenso. Você esbarra com a imagem mais perfeita e não tem como não levar.
Eles - e os daimones que Os acompanham - estão ali, para serem vistos, ouvidos, cheirados, sentidos, acariciados, abraçados... ao vivo e há milênios. Estão enviando mensagens numa borboleta que cruza o seu caminho, em um peixinho que tremeluz aos raios de sol no laguinho da praça, em um galho retorcido de árvore que forma a figura de um sátiro, no padrão geométrico da calçada que lembra um motivo cretense. As respostas estão também nesses lugares. É só saber voltar o nosso olhar para onde iremos descobri-las.
Acredito que, mesmo quem mora em uma metrópole ainda tem como passar por árvores e corpos d'água e outros lugares onde podemos perscrutar. No começo, caminhe com vivacidade, deixando seu coração acelerar, respirando fundo e fazendo o oxigênio fluir ao cérebro. Mantenha-se atento/a, procure por formas aleatórias que possam fazer sentido. Se encontrar, pare e medite. Não ligue se vão lhe olhar e pensar no que você está fazendo parado ali. Quando voltar para casa, aproveite a caminhada para pensar no que viu, conclua sua 'adivinhação'/consulta, e renove sua confiança no conhecimento que lhe foi concedido.
Por vezes ajuda se você pensar em 'naipes' ou 'elementos', como no tarô. Por exemplo, se você está querendo uma resposta sobre coisas intelectuais (como seus estudos), que é um lado mais de 'espadas', do 'ar', você pode procurar as respostas nas formas das nuvens ou na fumaça do incenso. Se quer saber do financeiro, da 'terra', observe árvores, pedras, marcas no solo. Se a questão é sentimental, "leia" o movimento da água. Mas não fique preso/a ao elemento, a resposta pode vir de outro, talvez porque você precise resolver esse outro aspecto para chegar ao que você imagina ser o que está confuso. Normalmente a imagem salta na sua frente e o reconhecimento é imediato.
Se possível, tire uma foto ou faça um desenho do que viu. Guarde-o em seu diário. É legal olhar para trás e ver como os deuses vão nos orientando tão sabiamente. Muitas das coisas que vemos só vão revelar seu completo sentido mais tarde.
Pense na resposta como uma gentileza dos daimones e deidades daquela área específica. E retribua a gentileza deixando uma oferta em agradecimento para a ninfa da referida árvore, ainda que seja uma prece de coração ou a promessa de levar algo depois (lembre-se de cumpri-la). Os espíritos e deuses ficarão mais propensos a repetir o auxílio em lembrança à amizade que vocês desenvolveram e cultivaram.
Com o tempo, também você vai ficando mais 'desperto'. Confesso que vejo coisas novas até nos imutáveis padrões marmorizados dos azulejos do meu banheiro. A gente passa a reparar nos desvios de um gramado, nas rachaduras do granito, no canto trinado de um pássaro, no aroma repentino de um barro de cerâmica, na sensação de areia roçando nossos pés que estão bem longe da praia. Sim, porque não precisamos apenas ver coisas, podemos receber respostas através de todos os outros sentidos. Incluindo do sexto. E dos sonhos, que também é outra mudança de realidade(s).
Mantenha igualmente o bom senso. Cada vez vai ficando mais fácil saber se algo era mesmo um 'sinal' ou pura imaginação da sua cabeça. Mas não se torture demais em dúvidas - em último caso, lembre que também foram os deuses quem lhe infundiram imaginação em sua essência. Se o seu modo de ser inclui uma mente imaginativa, use isso da melhor forma que puder. No mais, confie no que recebeu e espere ter a compreensão correta de tal revelação. Como tudo na vida, a comunicação com Eles também se desenvolve através da prática e de muito treino. O que não pode é parar de se abrir e desistir antes de tentar.
Pra variar, amo como escreve e coloca suas idéias, pensamentos, estudos, experiências e conclusões... E lendo o que escreveu, parei para pensar e me dar conta que de alguma forma já faço isso, meio que inconscientemente... Eu já perscruto e escruto no meu dia a dia (adorei o uso do termo - tive a oportunidade de ouví-lo algumas poucas vezes na faculdade...rss)... E gostei muito quando citou em pensar em naipes ou elementos, como no tarot... É exatamente desta forma que eu acabo fazendo isso... Os sinais estão por toda parte!... Bjão, =)
ResponderExcluirÁlex, estou sem palavras novamente com o seu texto. Penso, que comigo é meio inconsciente, sem perceber eu acabo analisando tudo por onde passo e pensando agora, percebo o que quis dizer, tantas coisas estavam na minha frente e somente agora, parando para pensar, vi quantos sinais dos Deuses. Isto é maravilhoso!
ResponderExcluirgostei muito desse texto! me fez pensar em coisas tão bacanas e simples que eu simplesmente não tenho feito!
ResponderExcluirbjs